em torno da cabeça, geralmente localizada atrás dos olhos, têmporas e ou
nuca.
Enfim, são tantas alterações que eu espero que você esteja
considerando respirar só pelas narinas daqui para frente. Ao fazer a
respiração nasal, lembre-se que o ar sai por onde entrou, por isso nada de
respirar pelas narinas e depois soprá-lo pela boca, como se fosse um pneu
furado...
Quando você inspira pelas narinas ocorre o seguinte: o ar mais frio
e seco entra pelas narinas e sofre um processo de aquecimento por
umidificação; esse ar quente e úmido desce agora pelas vias aéreas
gostosamente, pois está na temperatura certa. O que aconteceu com o
corpo? Bom, as narinas ressecaram após cumprir a tarefa de aquecimento
do ar perdendo boa parte da sua umidade; com isso, elas necessitam do ar
que está dentro do corpo, que por sua vez fica ainda mais quente e um
pouco mais úmido. É esse ar que, quando retornar pelas vias aéreas, vai
re-umidificar as mucosas das largas sinuosidades nasais
e aquecê-las
novamente, preparando-as para a próxima respiração, dando
prosseguimento ao ciclo.
As narinas têm uma forma afunilada, com a abertura maior na parte
de fora e que, como um cone, vai diminuindo. Quando inspiramos
rapidamente, é muito comum que a aba externa se contraia, fechando-se;
já na expiração, isso jamais acontece, por mais forte que seja a expiração.
Portanto, é infinitamente mais difícil colocar o ar para dentro do que para
fora. Além disso, perdemos umidade ao soltar o ar pela boca. Então me
explique, de onde surgiu a mania de inspirar pelas narinas e expirar pela
boca? Nada abaliza esse procedimento. O correto é respirar apenas pelas
narinas. Lembre-se sempre: o ar entra e sai pelas narinas.
Devido a causas patológicas ou por maus hábitos o homem, por
vontade própria, é o único entre os mamíferos que respira pela boca; como
se isso não bastasse, as narinas são portas para duas nádí - uma positiva,
pingalá nádí, e outra negativa, idá nádí. Recentemente, foi descoberto que
a respiração nasal estimula centros neurológicos específicos que levam a
estados humorais diferenciados.
Anos atrás, estive em Portugal para um congresso de yoga.
Chegando lá, fui convidado para fazer parte de uma experiência junto com
diversos professores. Depois de muitos fios, computadores, agulhas e
testes mil, fomos dispensados. Ao final do evento, os pesquisadores
emitiram um relatório... Qual não foi a minha surpresa quando nos disseram
que um dos resultados obtidos estava relacionado com as narinas! Ambas
estão vinculadas ao sistema nervoso - uma atua predominantemente no
simpático e a outra no para-simpático.
Executar a respiração nasal nos faz respirar mais devagar e isso
aquieta o ritmo cardíaco e também as ondas cerebrais. Tudo isso acaba
favorecendo a oxigenação sangüínea, por oferecer tempo extra para que
os pulmões realizem suas trocas gasosas (sangue venoso transforma-se
em arterial).
Durante a fase de crescimento uma criança que tenha por hábito
respirar pela boca consegue freqüentemente através da musculatura da
bochecha forçar os ossos da mandíbula produzindo um crescimento ósseo
para baixo, desenvolvendo uma alteração facial alongada com os dentes
centrais projetados para fora dos lábios, deixando os dentes ressecados.
Tal alteração provoca frequentemente um mau posicionamento da coluna
vertebral deixando a pessoa arqueada para frente produzindo uma postura