AS QUATRO ETAPAS DA RESPIRAÇÃO
Todos, por experiência própria, conhecem as duas fases da
respiração: inspiração e expiração. Mas isto é apenas a metade do que se
pode fazer com a respiração, pois existem ainda as pausas respiratórias.
No Yoga, foram classificados quatro procedimentos que podem ser
combinados entre si, cada um produzindo um estado mental especifico.
1)Púraka ou shwása (inalação): o objetivo dessa respiração é a inalação
mais suave possível. "Como se aspira a água pelo caule de um lótus, assim
se deverá aspirar o ar. Tais são as características da inspiração.
Dependendo do estado mental do praticante, observam-se variações
quanto à intensidade, produzindo uma inalação calma, energética, tensa,
incompleta ou ansiosa.
2)Kúmbhaka ou antara
Kúmbhaka (apnéia cheia): kúmbha significa
pote, jarro, cálice ou algo que contém ou retém. É o estado de suspensão
da respiração com os pulmões cheios, durante o qual o praticante
aproveita o máximo a energia recebida através da concentração. Alguns
shastras descrevem que a retenção deve ser acompanhada de completa
imobilidade corporal. Durante a sua execução, a mente deverá concentrar-
se no Ájña Chakra, o ponto entre as sobrancelhas.
3)Rechaka ou prashwása (exalação): o ato de exalar; o praticante deve
soltar o ar controlada e profundamente, soltando todo o ar dos pulmões.
Aqui também o estado emocional e mental acaba por influenciar a
respiração e o praticante precisa redobrar a atenção.
4)Shúnyaka, shúnya ou Bahira Kúmbhaka (apnéia vazia): vazio; nesse
estado deve-se manter o ar fora dos pulmões. Nesse procedimento o
praticante obtém um enorme controle das suas compulsões, vícios e
ansiedades. Concentre-se no Ájña Chakra, o ponto entre as sobrancelhas.
Existem dois tipos de kúmbhakas: sahita e kêvala. Sahita significa
combinado ou "associado a". Sahita
kúmbhaka está relacionado às fases
da respiração, exercendo uma retenção com pulmões cheios ou vazios
durante o pránáyáma, feito com participação do esforço da vontade e se
divide em sagarbha e agarbha, incluindo ou não a repetição mental de
mantra. No Kêvala
Kúmbhaka, pura retenção, não se regula nem a
inspiração nem a expiração; é a busca pela retenção perfeita sem esforço,
em um momento especifico de pleno equilíbrio.
Atenção: toda a retenção acima de 16 segundos deve ser
acompanhada de jalándhara bandha.