JÍHVA BANDHA
(contração da língua)
Jíhva significa língua. É uma contração intensa da língua contra o
palato mole na parte de trás do céu da boca.
Na mitologia indiana amrita ou soma é um elixir da vida, néctar da
imortalidade do qual os asuras (que significa os que não bebem), não
podiam sorver; ele é representado pela lua.
A prática continuada de jihva bandha produz um gosto
característico sentido na língua quando pressionada na região próxima ou
posterior da úvula, no palato mole.
Essa região no fundo da boca é a área descrita nos textos de yoga
como reunião (sangam), pois é ali que se unem as três principais nádís;
segundo essa literatura, o jihva bandha impede que a energia descendente
do soma chakra saia pelo lalana chakra e seja consumida pelo fogo
gástrico no manipura chakra.
Geralmente, a execução do jihva bandha é acompanhado por
bhrúmadhya drishti, a fixação ocular entre as sobrancelhas.
Acredita-se que o massageamento da língua no palato mole ativa
um ponto reflexológico via propagação da pressão intracraniana chamado
lalana chakra. Ele é um chakra menor composto por doze pétalas
vermelhas de lótus, que funciona como um reservatório desse néctar,
produzindo indiretamente a ativação das glândulas pineal e pituitária, as
quais são responsáveis pela produção do néctar que aumenta a
longevidade e o rejuvenescimento. Ativa os chakras ájña e sahásrara,
desenvolvendo assim siddhi. Associa-se ao bháva, ao contentamento, ao
domínio de si próprio, à raiva, à afeição, à pureza, ao alheamento, à
agitação e ao apetite.
BANDHA TRAYA OU MAHÁBANDHA
(tríplice contração ou grande contração)
A aplicação dos três bandhas de uma só vez, jalándhara, uddiyana
e múla bandha, chama-se bandha traya ou contração tríplice. E faz mais
do que proporcionar a combinação dos efeitos de cada um dos três quando
executados separadamente; juntos, eles mobilizam um enorme fluxo de
energia, ativando e energizando o corpo de forma incomparável.