MUDRÁS
As mudrás mais comumente usadas durante os exercícios
respiratórios são; ájña spársha mudrá, prána mudrá
(vishnu mudrá),
atman mudrá, jñána mudrá, yoní mudrá e mukula mudrá. Sendo o jñana
mudrá, para iniciantes, e o atmam mudrá, para os avançados.
ÁSANAS
Embora tecnicamente possamos fazer o exercício em qualquer
posição, existem aqueles que são mais indicados para sua prática, e foram
escolhidos no passado pela sua mínima solicitação muscular. Um dos
objetivos disso é conseguir a total atenção do praticante, já que os
exercícios produzem variações muito sutis e qualquer dor ou incômodo
desviaria a atenção.
As posições (ásana) mais indicadas para fazer pránáyáma são as
sentadas com a coluna ereta, ou dhyánásanas como são conhecidos
porque também são utilizadas para fazer meditação (dhyána).
Em ordem de dificuldade são: vajrásana, sukhásana, bhadrásana,
samánásana, siddhásana, swastikásana, virásana, padmásana etc. Ainda
temos os três primos: idásana, píngalásana e sushumnásana, para o
trabalho separado das nádís ídá, pingalá que visam interromper o fluxo de
prána por idá, pingalá ou ambos e direcioná-lo ao múládhára
chakra e
sushumná. Outro procedimento parecido é o yogadanda, um bastão de
meditação, utilizado debaixo das axilas com o mesmo propósito de
controlar e direcionar o prána.
No Yoga Sútra
Pátañjali deixa bem claro que pránáyáma só é
praticado após o domínio completo dos ásanas, isto não significa que você
deva executar ásanas e em seguida pránáyámas, mas sim praticar ásanas
durante anos até a sua perfeição e só então iniciar a jornada respiratória.
É curioso como em boa parte dos shastras é aconselhado que o
praticante passe muito tempo dedicando-se exclusivamente a uma só
técnica para conseguir infra-estrutura para numa etapa posterior quase
abandoná-la ou mesmo reduzir significativamente a sua prática. Muitas
vezes alcança-se excelência para em uma fase posterior só fazer
manutenções periódicas a fim de manter o que foi conquistado. Com os
ásanas é a mesma coisa.
Embora compartilhe dessa forma de executar o Yoga eu acredito
que é bem possível fazer ambos em conjunto com excelentes resultados,
ao invés de esperar uma eternidade até poder fazer uma técnica que
produz efeitos tão positivos para a saúde do praticante. Bastando para
isso executar com mais ênfase uma técnica até que se tenha adquirido
capacidade para galgar o próximo nível.
Segundo a maior parte das escolas a recomendação de praticar
ásanas antes do pránáyáma
é unicamente para combater Tandri
(sonolência) que ocorre no início da manhã e no final da noite.