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A VISÃO DE PÁTAÑJALI
Pouco conhecemos sobre Pátañjali ele é uma figura lendária, porém
a ele foi dado o titulo de “pai do yoga”, não por que ele tenha criado, mas
por ter sido o primeiro a escrever exclusivamente sobre Yoga. Seu livro é
denominado Yoga Sútra (aforismos do Yoga),
escrito em sânscrito no
período clássico séc. III AC.
Alguns o identificam como o gramático de mesmo nome, autor do
Mahábhasya (grande comentário), Varitika (glosa crítica) de Katyayana
sobre a gramática sânscrita de Panini, muitos se referem a ele como a
encarnação da serpente Shesha de mil cabeças que ampara o universo sob
a forma de oceano cósmico por causa das mil ciências que ele dominava,
entre elas a arquitetura, medicina, matemática etc.
O yoga sútra é uma das mais preciosas obras literárias de todos os
tempos, não apenas por ter sido o primeiro, mas por ser o que melhor
conseguiu expor a filosofia
yogi com menos palavras. São axiomas
extremamente desidratados dos quais são eliminados tudo que não
interessa para a transmissão da informação. Como um telegrama, são
anúncios curtos, objetivos e lacônicos.
Suas considerações sobre os pránáyámas estão precisamente
colocadas nos dois primeiros capítulos do Yoga Sútra, Pátañjali diz que “os
sintomas da dispersão mental são: a infelicidade, a depressão, o
nervosismo e a respiração irregular”. duhkha daurmanasyángamêjayatwa
shwása prashwásá vikshêpa sahabhuvah
(Y. S. cap. I:31). Ele também
indica várias soluções para se obter a serenidade da consciência (chitta),
uma delas é “ou pela expiração e retenção do prána [que você pode obter
a serenidade]”. pracchardana vidháranábhyám vá pránasya (Y. S. cap.
I:34).
Porém é no segundo capitulo que ele nos oferece a definição mais
precisa “pránáyáma é a pausa entre a inspiração e a expiração”. tasmin
sati shwása prashwásayor gati vicchêdah pránáyámah (Y. S. cap. II:49).
Em seguida ele diz como isso pode acontecer. Ao pé da letra a
tradução fica assim: “Quanto às modificações; externa, interna e retida;
estão reguladas pelo comprimento, tempo e número; longa e curta”.
báhyábhyantara stambha vrttir deshakála samkhyábhih paridrshto
dírghasúkshmah (Y. S. cap. II:50).
Para dar mais sentido a frase, já que não estamos lendo o yoga
sútra, faremos adições em colchetes,
parêntesis e separando em três
partes: “Quanto
às modificações [respiratórias o controle é]: (1º)
[respiração] externa (báhya), [respiração] interna (abhyantara), ou
[respiração] retida (stambha); (2º) [estas respirações] estão reguladas
pelo comprimento [do alento] (desha), tempo (kála) e número (sámkhya)
[de respirações]; (3º) [e o exercício pode ser de] longa (dírgha) [ou]
curta (súkshma) [duração]”. 
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